quinta-feira, 28 de abril de 2011

Roubo

Na manutenção de minha saúde, duas atividades são prioritárias no meu dia a dia.
Seguindo o preceito "Mens sana in corpore sano" aprendido no querido Colégio Santo Agostinho, caminho frequentemente uma hora no calçadão do Leblon e Ipanema para, com o trabalho do coração e dos pulmões, manter o corpo são e, sempre que possível, escrevo para manter o cérebro operativo.
Como sabe a torcida do Flamengo para que a caminhada seja benéfica uma alimentação bem administrada é indispensável. É de domínio público também que, para se ter um mínimo de prazer ao escrever, a leitura é o principal alimento.
Nas minhas caminhadas pela glamorosa passarela da zona sul o bem estar gerado pelo exercício só é ameaçado pelo estado lamentável da calçada. As ondulações, os desníveis e memo alguns buracos põem em risco a integridade de articulações e músculos. O piso de pedras portuguesas é assaltado por descuidistas que roubam algumas pedras e reposicionam as restantes para dissimular o vandalismo.

O espantoso desta atividade decorre da visibilidade do local e o tempo necessário para executar a tarefa.
Não é por falta de testemunhas que os bandidos atuam frequente e calmamente.
O mesmo pode ser dito do roubo de cabos, bueiros e outras peças convertidas em lucro fácil pelos contraventores.
Qual a razão da indiferença dos cidadãos diante daqueles que destroem seu patrimônio?
Tratando-se de destruição de patrimônio público alguns políticos poderiam ser incluídos.
Certamente o povo brasileiro não é mais corrupto que os outros.
Será um comodismo que sempre passa a responsabilidade para os outros?
Será uma descrença total no sistema brasileiro?
Até quando o roubo em qualquer nível social será encarado como parte do sistema?
O tráfico de drogas era considerado indestrutível nas comunidades mais pobres e não era.
Os caciques do poder eram intocáveis mesmo participando de grandes golpes contra o contribuinte e alguns foram caçados.
Há luz no fim do tunel?
Assim como a alimentação sustenta a caminhada e a leitura alimenta a escrita, a vigilância e a indignação são os remédios contra o roubo.
Aos leitores que ainda não caminham, peço que comecem a escrever já. Usem este blog como calçada.

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