Guerra e Paz
A notícia da declaração de guerra do Presidente Obama contra
o Estado Islâmico entusiasmou a uns e preocupou a outros. Confesso não ter me
animado muito, tendo em vista o retrospecto das últimas guerras americanas, que
na maioria dos casos terminaram com uma herança muito pior que a situação
original.
Após a notável vitória da Segunda Guerra um novo mundo surgiu
de um debate democrático onde até facções antagônicas acataram um “modus
operandi” que afastava as soluções militares entre os litigantes.
As Nações Unidas administravam as disputas e mesmo com os
choques dos últimos 70 anos o foro de negociação sobreviveu às crises.
Resumidamente a Guerra da Coréia deu empate, o país foi
dividido e os parceiros mantêm suas filosofias divergentes. A Guerra do Vietnã
foi uma derrota porque o povo rejeitava o governo corrupto e autoritário
apoiado pelos EEUU para enfrentar Ho Chi Min um revolucionário marxista.
As duas guerras contra o Iraque desmontaram um governo
autoritário e sangrento que não foi substituído por nenhum grupo capaz de
governar, abrindo assim as portas para a instalação dos grupos sanguinários pseudo-
religiosos que espalharam o terror na região. O movimento se propaga e até a
Nigéria não sabe como resolver o rapto de meninas pelo Boko Haram. Evidentemente o governo está fazendo vistas
grossas e qualquer força externa será inócua.
Temos que buscar novas soluções para estancar a selvageria
através dos políticos locais com o apoio humanitário do ocidente.