sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015



Guerra e Paz
A notícia da declaração de guerra do Presidente Obama contra o Estado Islâmico entusiasmou a uns e preocupou a outros. Confesso não ter me animado muito, tendo em vista o retrospecto das últimas guerras americanas, que na maioria dos casos terminaram com uma herança muito pior que a situação original.
Após a notável vitória da Segunda Guerra um novo mundo surgiu de um debate democrático onde até facções antagônicas acataram um “modus operandi” que afastava as soluções militares entre os litigantes.
As Nações Unidas administravam as disputas e mesmo com os choques dos últimos 70 anos o foro de negociação sobreviveu às crises.
Resumidamente a Guerra da Coréia deu empate, o país foi dividido e os parceiros mantêm suas filosofias divergentes. A Guerra do Vietnã foi uma derrota porque o povo rejeitava o governo corrupto e autoritário apoiado pelos EEUU para enfrentar Ho Chi Min um revolucionário marxista.
As duas guerras contra o Iraque desmontaram um governo autoritário e sangrento que não foi substituído por nenhum grupo capaz de governar, abrindo assim as portas para a instalação dos grupos sanguinários pseudo- religiosos que espalharam o terror na região. O movimento se propaga e até a Nigéria não sabe como resolver o rapto de meninas pelo Boko Haram.  Evidentemente o governo está fazendo vistas grossas e qualquer força externa será inócua.
Temos que buscar novas soluções para estancar a selvageria através dos políticos locais com o apoio humanitário do ocidente.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Água e Políticos Poluídos



A TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA
A água lava tudo. É o solvente universal. Usada muitas vezes em rituais religiosos para apagar o passado ou limpar os pecados é o combustível da vida. Perde a sua transparência e muda de cor, envergonhada, quando está poluída.
Estamos passando por uma crise gravíssima de abastecimento de água e da energia por ela gerada. Somos bombardeados por todos os lados com explicações e desculpas de políticos de todos os matizes. Todos sem exceção, governo federal e governos estaduais estão poluindo as informações e com a perda de transparência, afastam o aliado mais importante para superar o desafio, o povo brasileiro.
Termos dúbios e sem fundamento como “vamos torcer” , “se São Pedro ajudar” e similares são um desrespeito ao país por ocultarem a realidade.
Os ciclos de índices pluviométricos são registrados há muito tempo por aqui e com estes dados é possível prever com bastante precisão quando se aproxima uma seca, assim como o que se esperar de ano a ano.
Com esta informação medidas preventivas podem ser adotadas minimizando o problema.
A desculpa da chuva do ano ser a causa do racionamento é uma deslavada mentira e uma demonstração da total irresponsabilidade do poder público que ignora esse e outros problemas em períodos eleitorais.
Ao assistir a uma entrevista da Miriam Leitão com o Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo fiquei estarrecido. A falta de transparência, declarações vazias e às vezes enganosas vindo de um professor da USP e engenheiro de grande reputação só pode ser atribuído ao “politiquês” que está destruindo o Brasil.
No fim teremos a solução previsível. O racionamento rigoroso castigando nossos corpos com a falta de banho e os nossos bolsos com multas exorbitantes.

domingo, 15 de maio de 2011

Homenagem ao Xexeo

Caro Xexeo
Confesso não haver lido sua crônica "Briga de casal" de domingo passado.
A "Rejeição", assunto de hoje, me fez retomar a revista da semana anterior para entender a causa de tanta celeuma.
Ao terminar a leitura constatei mais uma vez  a propriedade do ditado " o apressado come cru".
Não havia lido porque briga de casal é um assunto que só pode ser resolvido pelos dois, já que qualquer palpite de terceiros é mera especulação por desconhecimento de causa. Caí das nuvens ao entender que o tema central era uma análise do comportamento humano diante das inovações tecnológicas de nosso tempo.
 O mais novo componente de nossa anatomia, o celular, faz com que assuntos próprios para debates caseiros sejam levados ao público em geral na fila de ônibus , no supermercado etc. Esta aparente falta de pudor deve ser consequência da nossa dificuldade em assimilar o novo em nossas vidas.
O assunto tão bem apresentado teria que incomodar aos que estão em fase de adaptação, nada tendo a ver com o mau humor alegado jocosamente no final da "Rejeição".
Seus malabarismos a la Garrincha não nos enganam quando finge não saber que o grande objetivo do cronista é a comunicação e não a busca da aceitação.
O elogio e a crítica são farinhas do mesmo saco, são consequências da comunicação.
Parabéns
Alberto del CastilloPS: Aprendi a lição, gostando ou não do título lerei todas suas crônicas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Roubo

Na manutenção de minha saúde, duas atividades são prioritárias no meu dia a dia.
Seguindo o preceito "Mens sana in corpore sano" aprendido no querido Colégio Santo Agostinho, caminho frequentemente uma hora no calçadão do Leblon e Ipanema para, com o trabalho do coração e dos pulmões, manter o corpo são e, sempre que possível, escrevo para manter o cérebro operativo.
Como sabe a torcida do Flamengo para que a caminhada seja benéfica uma alimentação bem administrada é indispensável. É de domínio público também que, para se ter um mínimo de prazer ao escrever, a leitura é o principal alimento.
Nas minhas caminhadas pela glamorosa passarela da zona sul o bem estar gerado pelo exercício só é ameaçado pelo estado lamentável da calçada. As ondulações, os desníveis e memo alguns buracos põem em risco a integridade de articulações e músculos. O piso de pedras portuguesas é assaltado por descuidistas que roubam algumas pedras e reposicionam as restantes para dissimular o vandalismo.

O espantoso desta atividade decorre da visibilidade do local e o tempo necessário para executar a tarefa.
Não é por falta de testemunhas que os bandidos atuam frequente e calmamente.
O mesmo pode ser dito do roubo de cabos, bueiros e outras peças convertidas em lucro fácil pelos contraventores.
Qual a razão da indiferença dos cidadãos diante daqueles que destroem seu patrimônio?
Tratando-se de destruição de patrimônio público alguns políticos poderiam ser incluídos.
Certamente o povo brasileiro não é mais corrupto que os outros.
Será um comodismo que sempre passa a responsabilidade para os outros?
Será uma descrença total no sistema brasileiro?
Até quando o roubo em qualquer nível social será encarado como parte do sistema?
O tráfico de drogas era considerado indestrutível nas comunidades mais pobres e não era.
Os caciques do poder eram intocáveis mesmo participando de grandes golpes contra o contribuinte e alguns foram caçados.
Há luz no fim do tunel?
Assim como a alimentação sustenta a caminhada e a leitura alimenta a escrita, a vigilância e a indignação são os remédios contra o roubo.
Aos leitores que ainda não caminham, peço que comecem a escrever já. Usem este blog como calçada.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Solidão

   Desde os primórdios da história humana  nos reunimos em agrupamentos. Além de atender a  natureza gregária dos homens, os grupos ofereciam maiores probabilidades de sobrevivência tanto no que dizia respeito à reprodução quanto na luta  contra uma meio ambiente hostil onde ser caça ou caçador dependia essencialmente  do esforço coletivo.
   Com o passar do tempo os agrupamentos se ampliaram e se interligaram de tal forma que regras de convivência (Códigos Jurídicos, Sistemas Políticos, Sistemas Econômicos etc.) passaram a ser indispensáveis para o bem estar da coletividade.
   A aplicação destas regras e suas modificações para atender uma sociedade em constante evolução com o passar dos tempos, deixaram alguns ensinamentos quanto a forma de atacar problemas similares ainda por vir.
   Os sistemas políticos mais eficientes no atendimento das necessidades do povo e consequentemente de maiores períodos de estabilidade foram os que admitiam o contraditório (mais de uma opinião) na formulação da política.
   Este conceito é tão universal que, ao tomarem o poder em 64, os militares se empenharam a fundo para que o MDB fosse criado como partido de oposição. O General Castelo Branco só foi atendido após vários apelos dirigidos aos políticos da época.
   O período difícil pelo qual passou a democracia em nosso país, deve motivar a todos para lutar contra o perigo real e imediato de pela primeira vez em nossa história o Brasil ficar sem oposição.
   O desmonte do DEM para a criação do PSD que se alinhará com o governo é a primeira badalada do sino que anuncia a morte da democracia.
   Um governo desprovido de oposição administrará às cegas e com muito mais chances de errar.
   Não releguem o executivo à mais abjeta solidão, vamos restabelecer o contraditório em nossa política.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Lista Fechada

   Nos tempos da última constituinte, vários deputados tentaram mudar o sistema político de presidencialista para parlamentarista, na calada da noite, pela aprovação de uma lei imposta a revelia da opinião pública.
   Felizmente legisladores mais responsáveis conseguiram condicionar o golpe branco à determinação, através de plebiscito, da forma de governo desejada pelos cidadãos.  Eles perderam mas não se deram por vencidos.
   Hoje,tentando novamente impedir que o eleitor participe do processo político em nosso país, querem incluir na Reforma Política o sistema de Lista Fechada. Neste sistema cabe exclusivamente aos partidos a indicação de seus candidatos numa ordem de prioridade determinada pelos caciques. A nova Democracia Brasileira estaria preservada já que o eleitor ainda teria o direito de referendar compulsoriamente uma das listas impostas pelos partidos.
   Os gregos quando inventaram este negócio de democracia tiveram que conviver com erros tais como a habilitação de parte dos cidadãos com direito a voto e a existência de uma sociedade escravagista.
   Hoje no Brasil querem implantar um retrocesso onde nenhum cidadão tem direito a voto e passaríamos a adotar um sistema pré-democrático.
   Aos desafetos da democracia aviso que há ideias que mesmo plantando varias vezes nada dá.

domingo, 17 de abril de 2011

Caminha?


Este blog é uma homenagem ao primeiro “marqueteiro” da história, Pero Vaz Caminha.
Recém-descoberto, o Brasil foi apresentado ao mercado através de uma  campanha publicitária iniciada pelo envio da Carta de Caminha ao Rei de Portugal.
A carta era o único meio de comunicação da época e, sem contar com sons ou imagens, o marqueteiro só contava com palavras de efeito para prender a atenção de seus clientes.
O ponto central da propaganda foi a afirmação “..em se Plantando Tudo Dá”. Esta sugestão de prover o próprio sustento com um mínimo de esforço foi tão marcante que até hoje buscamos jeitinhos para resolver nossos problemas ao invés de procurarmos as soluções conquistadas através do trabalho perseverante.
Nosso objetivo é debater com os amigos ocorrências em nosso dia a dia que confirmem a presença do “Plantando Tudo Dá”.
1ª Questão:
Qualquer problema pode ser resolvido com a promulgação de uma lei ou dispomos de procedimentos alternativos que seriam, em alguns casos, mais eficientes?
Exemplos: Lei vedando a comercialização de armas.
                 Lei de quotas para o ensino e para candidatos ao legislativo.
                 Lei proibindo o fumo em locais públicos.
                 Etc.